domingo, 16 de outubro de 2016

AS QUATRO VELAS



AS QUATRO VELAS QUEIMAVAM... 
AS QUATRO VELAS QUEIMAVAM LENTAMENTE.
O AMBIENTE ESTAVA TÃO SILENCIOSO QUE SE PODIA OUVIR O DIÁLOGO QUE MANTINHAM.
 
A PRIMEIRA DISSE: 

       - EU SOU A PAZ! APESAR DE MINHA LUZ AS PESSOAS NÃO CONSEGUEM MANTER-ME.  ACHO QUE VOU ME APAGAR. 

E, DIMINUINDO SEU FOGO BEM  RÁPIDO, SE APAGOU  TOTALMENTE.

DISSE A SEGUNDA:

       - EU ME CHAMO FÉ! INFELIZMENTE SOU MUITO SUPÉRFLUA. AS PESSOAS NÃO QUEREM  SABER DE DEUS. NÃO HÁ NENHUM SENTIDO EM PERMANECER ACESA. 

AO TERMINAR DE FALAR, UM VENTO PASSOU, LEVEMENTE, SOBRE ELA E A APAGOU.

RÁPIDA E TRISTE A TERCEIRA VELA SE MANIFESTOU:

       - EU SOU O AMOR! NÃO TENHO FORÇAS PARA CONTINUAR ACESA. AS PESSOAS ME DEIXAM DE LADO E NÃO PERCEBEM O PESO DISTO. SE ESQUECEM ATÉ DAQUELES QUE ESTÃO TÃO PERTO E AS AMAM. 

E, SEM ESPERAR, SE APAGOU.



DE REPENTE... ENTROU UMA CRIANÇA E VIU AS TRÊS VELAS APAGADAS.

       - O QUE É ISTO? VOCÊS DEVIAM QUEIMAR-SE E ESTAREM ACESAS ATÉ O FIM.
E, DIZENDO ISTO, COMEÇOU A CHORAR.

ENTÃO A QUARTA VELA FALOU:

       - NÃO TENHAS MEDO MENINO, ENQUANTO EU TIVER FOGO PODEMOS ACENDER AS OUTRAS VELAS, EU SOU A ESPERANÇA!
  
O MENINO COM OS OLHOS BRILHANTES, PEGOU A VELA QUE RESTAVA... E ACENDEU TODAS AS OUTRAS

QUE A VELA DA ESPERANÇA NUNCA SE APAGUE DENTRO DE NÓS!

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